Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Pulverize The Sound
Grémio originado no epicentro da vasta rede nova-iorquina de músicas mais desafiantes e sem rede, este trio de nome acutilante parte da experiência acumulada dos seus membros-vértice para daí chegar a uma música que acolhe e extravasa o seu respectivo traquejo. Bem amplo, diga-se. Formados por Peter Evans no trompete, Tim Dahl no baixo eléctrico e voz e Mike Pride na bateria e percussão, tudo gente com actividade imparável em campos que vão do jazz ao metal mais enviesado, do noise ao experimentalismo, unindo pontos entre estas e outras formas e não-formas, Pulverize The Sound tomam o seu nome de guerra como manifesto para um som improvisado que faz confluir essas linhagens num fluxo que vai da contemplação plena de textura e lirismo a explosões de ruído e fogo. Sem atropelos nem colagens da cuspo. O natural, vindo de gente respeitada e sempre em descortinar novas soluções, que num CV conjunto alberga inúmeras colaborações com nomes como Evan Parker, Mary Halvorson, Weasel Walter, Mick Barr, JG Thirlwell ou Lydia Lunch e demasiadas bandas para enumerar devidamente. 'Black', o seu terceiro álbum, lançado em 2022 pela Relative Pitch assume o improviso a 100%, numa prova cabal destes instintos alinhados, que quer nos seus momentos mais breves - 'Downtick' ou 'Breakover Point' - ou de pendor mais épico - 'STAG' e 'Ex-All' - vão da calma à bojarda com uma segurança e imprevisibilidade abençoadas. Tudo ciente do seu lugar numa gestalt volátil formada pelo trompete infinito de Evans, como que a serpentear as cascatas de distorção e linhas esquivas de Dahl e a bateria em mutação constante de Pride. BS